Atualmente encontramos nas gôndolas dos supermercados todos os itens necessários para o suprimento de nossas necessidades, permitindo maior facilidade e praticidade.
Em relação às carnes, é fato que o brasileiro consome predominantemente a carne bovina e de aves. Pouco se fala sobre a carne de coelho, seu consumo ainda é alvo de preconceito devido à imagem dos coelhos de estimação, o que é um equívoco, pois são animais completamente diferentes, bem maiores e muito menos dóceis.
O que poucos sabem é sobre o valor nutricional da carne de coelho, pode-se observar conforme a tabela abaixo que este tipo de carne possui altos valores proteicos e baixíssimos teores de gordura e colesterol, quando comparadas as outras carnes comumente encontradas.
Além do alto índice de proteína, a carne de coelho ainda tem aminoácidos essenciais, alta concentração de cálcio, além de fósforo, ferro, potássio e ácidos graxos poliinsaturados, favorecendo o sistema imunológico, a digestibilidade, o que proporciona à carne de coelho um elevado valor biológico, tornando-a ideal para crianças, idosos, cardiopatas, obesos, pessoas que sofrem com azia e má digestão.
Além de todas essas qualidades nutricionais que tornam essa carne a mais indicada pelos nutricionistas, ela ainda é versátil, podendo ser preparada de várias formas, pois é macia e saborosa.
Além de saudável, pode-se considerar a produção da carne de coelhos, sustentável.
O Istituto Ayara define sustentabilidade como:
“Sustentabilidade é um conceito sistêmico, relacionado com a continuidade dos aspectos econômicos, sociais, culturais e ambientais da sociedade humana.
Propõe-se a ser um meio de configurar a civilização e atividade humanas, de tal forma que a sociedade, os seus membros e as suas economias possam preencher as suas necessidades e expressar o seu maior potencial no presente, e ao mesmo tempo preservar a biodiversidade e os ecossistemas naturais, planejando e agindo de forma a atingir pró-eficiência na manutenção indefinida desses ideais.
A sustentabilidade abrange vários níveis de organização, desde a vizinhança local até o planeta inteiro”.
O processo desde a criação do animal até a mesa do consumidor gera uma quantidade mínima de resíduos e o pouco gerado pode ser 100% destinado à reciclagem. Todos os subprodutos dos coelhos são aproveitados:
- Pele – ecologicamente correta, pois é subproduto (principal é a carne).
- Sangue e cérebro - indispensáveis em laboratórios e hospitais humanos e animais, inclusive usado na fabricação de vacinas.
- Olhos - usados nos maiores centros oftalmológicos e faculdades de medicina, pois a córnea dos coelhos é a mais parecida com a humana.
- Patas - melhor amuleto da sorte.
- Vísceras – destinadas à ração de frangos e peixes. No futuro cães (para cães com alergias, problemas de pele, obesos, cardiopatas, etc).
- Alta produção: Com apenas 3 matrizes, em menos de 10m2, por ano, produz-se o equivalente a 1 vaca, em 3 anos, e em 10.000m2, o que evita desmatamentos.
- Esterco – um dos melhores adubos orgânicos.
Desta forma, pode-se concluir que tanto o produto principal (carne) como seus subprodutos são aproveitados integralmente, gerando alimento de alta qualidade, em pequenos espaços, com tratamento da água utilizada na produção, retornando limpa à natureza, sob autorização e fiscalização da CETESB e órgãos competentes como Ministério da Agricultura e IBAMA, nos levando a crer que esta é uma produção sustentável.
Dica: Sempre que for adquirir qualquer produto, procure marcas idôneas, que tenham selo de inspeção, como por exemplo, o SIF, embalagens adequadas, locais que abatam animais criados exclusivamente para produção industrial de carne, com todo respeito, rastreabilidade, etc. Já temos inclusive, no estado de São Paulo, um frigorífico com mais de 10 anos de tradição, que é o único no Brasil autorizado a exportar carne de coelhos, utilizando técnicas modernas de “Abate Humanitário” (conforme as exigências internacionais e acompanhadas de perto pelas sociedades mundiais protetoras dos animais) e de resfriamento a seco e não no gelo (evitando contaminações e acúmulo de água dentro da carne, que só seria descoberta pelo consumidor após o seu descongelamento), proporcionando economia e garantindo a qualidade desses produtos, principalmente no tocante à Segurança Alimentar.
Normalmente encontramos para comercialização o coelho inteiro e o coelho em cortes.
Se você ainda não conhece, experimente, pois vale a pena !!
Referências Bibliográficas:
Instituto Arayara – Educação para sustentabilidade. O que é Sustentabilidade? Disponível em: www.sustentabilidade.org.br
Marcos Kac
ABCC - Associação Brasileira de Criadores de Coelhos
BOA TARDE, SOU VETERINÁRIA E ME INTERESSEI POR CUNICULTURA APÓS TER LIDO Q SE APROVEITA QUASE 100% DO PRODUTO...
ResponderExcluirGOSTARIA DE SER UMA CRADORA, VCS TÊM ALGUMAS INFORMAÇÕES SOBRE MATRIZES E CRIAÇÃO PARA ME PASSAR?
GISELE
giselecardena@yahoo.com.br
Olá Gisele,
ResponderExcluirIrei lhe enviar um e-mail com o contato do responsável pelo artigo para que possa esclarecer dúvidas e conhecer mais sobre o assunto.
Att.
APAN
OLA
ResponderExcluirSOU REPRESENTANTE DE UMA ASSOCIAÇÃO DE PEQUNOS PRODUTORES RURAIS E ESTAMOS INTERESSADOS NA CUNICULTURA... GOSTARIA DE TER MAIS INFORMAÇÕES SOBRE QUEM COMPRA A CARNE E OS OUTROS SUBPRODUTOS.
beraldomst@gmail.com
Olá Paulo,
ResponderExcluirIremos direcionar seu contato ao Marcos.
Att.
ola, me interessei na cunicultura, gostaria de mais informações, quem compra a carne, e qual a raça mais indicada.
ResponderExcluirmayconoliveiradias@gmail.com
ResponderExcluirBoa tarde, Sou Técnico Agrícola e quero aprender mais sobre a produção deste animal, no segmento de produção de carnes. Será que pode me direcionar ao responsável pelo artigo?? Desde já, muito obrigado!
ResponderExcluirrafaelgaldino@hotmail.com.br
As solicitações de contato foram repassadas ao responsável pelo artigo. Att.
ResponderExcluirOlá. gostaria de saber quais as melhores raças custo/beneficio para produção de carne e também aonde encontrar criador no RS. Abço
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