segunda-feira, 25 de março de 2013

Você sabia?


Você sabe o que é gordorexia?


É a forma popular pelo qual um distúrbio psicológico de Distorção de Imagem Corporal ficou conhecido. Este distúrbio psicológico não é considerado um transtorno alimentar e deve ser tratado através de psicoterapia, as pesquisas apontam que ele é mais comum em mulheres.
Neste estado psicológico a pessoa se enxerga no espelho exatamente com seus quilos excedentes, porém acredita que a imagem refletida no espelho está com o peso ideal e que está tudo sob controle, quando na realidade ela está obesa.
Esta falta de consciência coloca o indivíduo em um círculo vicioso aonde ele não prioriza uma dieta para perda de peso, não procura ajuda, e continua com os mesmos hábitos alimentares o que fatalmente o levará a um aumento de peso constante.
Esta distorção da imagem está associada principalmente às variações de peso ao longo da vida adulta, provenientes de inúmeras dietas de emagrecimento, tendo como consequência o chamado efeito sanfona, onde a pessoa emagrece e engorda de forma constante.
Normalmente a paciente só se dá conta do distúrbio quando ela apresenta doenças correlatas como hipertensão e diabetes e por conta disso, acaba procurando tratamento médico. Neste momento ela se confronta com a realidade que a cerca.
A “gordorexia” ainda não encontrou respaldo científico e não é reconhecida pela OMS, mas é um distúrbio psicológico da vida moderna e tem recebido atenção por parte dos profissionais de saúde: médicos, terapeutas, psicólogos, psiquiatras, nutricionistas entre outros.
Cabe ao profissional Nutricionista receber o paciente com a avaliação psicológica e através de um plano alimentar fazer as interferências necessárias para promover a perda de peso e minimizar os riscos das doenças crônicas.

Dulcinea Carvalho
Diretoria APAN

domingo, 24 de março de 2013

Falta de água de qualidade mata uma criança a cada 15 segundos no mundo


De acordo com a ONU, 3,5 milhões de pessoas morrem todos os anos por problemas relacionados ao fornecimento de água e a falta de saneamento.

A cada 15 segundos, uma criança morre de doenças relacionadas à falta de água potável, de saneamento e de condições de higiene no mundo, segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). Todos os anos, 3,5 milhões de pessoas morrem no mundo por problemas relacionados ao fornecimento inadequado da água, à falta de saneamento e à ausência de políticas de higiene, segundo representantes de outros 28 organismos das Nações Unidas, que integram a ONU-Água.
No Relatório sobre o Desenvolvimento dos Recursos Hídricos, documento que a ONU-Água divulga a cada três anos, os pesquisadores destacam que quase 10% das doenças registradas ao redor do mundo poderiam ser evitadas se os governos investissem mais em acesso à água, medidas de higiene e saneamento básico.
As doenças diarreicas poderiam ser praticamente eliminadas se houvesse esse esforço, principalmente nos países em desenvolvimento, segundo o levantamento. Esse tipo de doença, geralmente relacionada à ingestão de água contaminada, mata 1,5 milhão de pessoas anualmente.
No Brasil, dados divulgados pelo Ministério das Cidades e pelo Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento Básico, mostram que, até 2010, 81% da população tinham acesso à água tratada e apenas 46% dos brasileiros contavam com coleta de esgotos. Do total de esgoto gerado no país, apenas 38% recebiam tratamento no período.
Há poucos dias, a organização da sociedade civil Trata Brasil divulgou levantamento que confirma a relação entre a falta de saneamento e acesso à agua potável e os problemas de saúde que afetam principalmente as crianças. O Ranking do Saneamento levantou a situação desse serviço nas 100 maiores cidades do país, considerando a parcela da população atendida com água tratada e coleta de esgotos, as perdas de água, investimentos, avanços na cobertura e o que é feito com o esgoto gerado pelos 77 milhões de brasileiros dessas localidades (40% da população brasileira).
O levantamento mostrou que a política em “grande parte das maiores cidades do país avança, mesmo lentamente, nos serviços de saneamento básico, sobretudo no acesso à água potável, à coleta, ao tratamento dos esgotos e à redução das perdas de água”. Os pesquisadores destacaram, porém, que existe um número expressivo de municípios de grande porte que não avançaram nesses investimentos.
De acordo com os pesquisadores, do volume de esgoto gerado nas 100 cidades, somente 36,28% são tratados, ou seja, apenas nas cidades analisadas, quase 8 bilhões de litros de esgoto são lançados todos os dias nas águas sem nenhum tratamento. “Isso equivale a jogar 3.200 piscinas olímpicas de esgoto por dia na natureza”.
Os órgãos das Nações Unidas apontam que, no mundo, o despejo de 90% das águas residuais em países em desenvolvimento – em banhos, cozinha ou limpeza doméstica – vão para rios, lagos e zonas costeiras e representam ameaça real à saúde e segurança alimentar no mundo.
Pelo ranking da Trata Brasil, o índice médio em população atendida com coleta de esgoto nas 100 cidades pesquisadas pela organização foi 59,1%. A média do país, registrada em 2010, era 46,2%. A boa notícia é que 34 cidades apresentaram índice de coleta de esgoto superior a 80% da população e apenas cinco municípios (Belo Horizonte, Santos, Jundiaí, Piracicaba e Franca) tinham 100% da coleta de esgoto em funcionamento.
Trinta e dois municípios se encontram na faixa de sem coleta a 40% de coleta e 34 cidades têm entre 41% e 80% da cobertura de coleta de esgoto. “Ou seja, na maioria dos municípios analisados ainda está distante a universalização dos serviços de coleta de esgoto”, destaca o estudo.
A análise da organização não governamental destacou que vários fatores influenciam na ocorrência das diarreias, como a disponibilidade de água potável, intoxicação alimentar, higiene inadequada e limpeza de caixas d'água. O estudo mostrou a relação direta entre a abrangência do serviço de esgotamento sanitário e o número de internações por diarreia. De acordo com o levantamento, em 2010, em 60 das 100 cidades pesquisadas os baixos índices de atendimento resultaram em altas taxas de internação por diarreias.
Nas 20 melhores cidades em taxa de internação (média de 17,9 casos por 100 mil habitantes), a média da população atendida por coleta de esgotos era 78%, enquanto nas dez piores cidades em internações por diarreia (média de 516 casos por 100 mil habitantes), a média da população atendida por coleta de esgotos era somente 29%.
Fonte: http://ultimosegundo.ig.com.br/ciencia/meioambiente/2013-03-22/falta-de-agua-de-qualidade-mata-uma-crianca-a-cada-15-segundos-no-mundo.html

quinta-feira, 14 de março de 2013

quarta-feira, 13 de março de 2013

Vigilância Sanitária fiscaliza quiosques da Arena Fonte Nova

A Vigilância Sanitária realizou, nesta terça-feira, 12, inspeções nas instalações físicas, hidráulicas e elétricas dos quiosques que comercializarão comidas e bebidas da Arena Fonte Nova. Os técnicos visitaram os banheiros e serviços médicos que estão em processo final de construção.
 
O estádio já foi entregue ao governo estadual, mas ainda estão sendo feitos ajustes nos 39 boxes que contarão com área de refrigeração para bebidas e aquecimento de alimentos, em razão de não poder haver manipulação de produtos no estádio - todos serão industrializados.
 
Os responsáveis apresentaram as normas definidas para evitar a circulação de materiais e produtos durante os eventos, como horários de abastecimento e retirada de resíduos, prevenindo assim acidentes e danos à saúde tanto do trabalhador como do espectador, bem como o favorecimento do fluxo adequado na produção de alimentos. Também serão proibidas vendas em garrafas de vidro.
 
De acordo com a fiscal da Vigilância Sanitária, Ana Leiro, a fase é de ajustes e orientações para a conduta de serviços internos e terceirizados. A expectativa é que os serviços sejam operados em conformidade com os padrões quando começarem o funcionamento.
A Vigilância Sanitária retornará ao local antes do evento de inauguração da Arena Fonte Nova, previsto para 7 de abril. Na ocasião, serão analisadas se as orientações foram cumpridas.
 
 

Grade 7º CPNutri!


ASBRAN abre inscrições para novo processo de Título de Especialista

 
A comprovação máxima da qualidade do seu currículo profissional em uma determinada área está próxima de acontecer. A Associação Brasileira de Nutrição abriu mais um processo de concessão do Título de Especialista para as áreas de Alimentação Coletiva, Nutrição Clínica, Nutrição em Esportes e Saúde Coletiva, conforme Resolução CFN N° 380/2005 e a Resolução CFN nº 416/2008.

A inscrição deverá ser efetuada no período de 18/02/2013 a 15/04/2013 e o candidato deve comprovar que está regularmente inscrito no Conselho Regional de Nutricionistas (CRN) e em pleno gozo de seus direitos. Fique atento na hora de escolher a área porque só será permitida a opção por uma especialidade. Após a inscrição esta opção não pode ser alterada.

O candidato ao Título de Especialista em Nutrição precisa estar formado em Nutrição há, pelo menos, dois anos, em instituição reconhecida pelo Ministério da Educação. A inscrição será validada após a comprovação do pagamento da taxa de inscrição no valor de R$ 350,00 (trezentos e cinquenta reais), na forma de depósito bancário (confira no edital dados da conta) e encaminhamento da documentação exigida.

APROVAÇÃO POR MÉRITO OU REALIZAÇÃO DE PROVA
O processo de concessão do Título de Especialista em Nutrição permite que candidatos obtenham o reconhecimento por mérito, eliminando a realização de prova escrita. Isso é possível a partir da análise curricular. Cada candidato deverá obter no mínimo 70 pontos para receber o Título.

Esta pontuação é dada de acordo com a comprovação da experiência profissional, de titulação ou formação acadêmica (especializações, mestrado, doutorado, etc), cursos, participação ou coordenação de eventos científicos, produção técnica, publicações, prêmios e participação em bancas examinadoras.

Também valem pontos a proficiência em língua estrangeira e a participação em projetos de pesquisa e em entidades profissionais.

A prova será realizada no dia 17 de maio de 2013, durante o 7° Congresso Paulista de Nutrição - CPNutri 2013 promovido pela Associação Paulista de Nutrição – APAN, na Universidade Anhembi Morumbi (Rua Casa do Ator, 275, Vila Olímpia - São Paulo).

CONFIRA O EDITAL 2013
Para saber mais, faça download dos arquivos abaixo ou acesse o link de Especialistas:

Ficha de Inscrição
Declaração de Ciência

Check List de documentos e dados

Lançamento do livro: Atendimento Nutricional uma Visão Prática -Adultos e Idosos


A APAN esteve presente no lançamento e noite de autógrafos do livro

Atendimento Nutricional uma Visão Prática -Adultos e Idosos dia 12/03/2013 na Universidade Anhembi Morumbi das autoras

Avany Maria Xavier Born

Maria do Carmo Azevedo Leung

Mônica Santiago Galisa

Dith Medeiros de Mesquita


Foto - da esquerda para a direita:
Dith, Mônica, Avany, Maria do Carmo.

sexta-feira, 8 de março de 2013

Governo do Estado apresenta projeto que incentiva a produção de orgânicos


São Paulo Orgânico foi desenvolvido em parceria entre as secretarias de Agricultura e Abastecimento e de Meio Ambiente

O mercado de produtos orgânicos ganhou um reforço importante do Governo do Estado com o lançamento do Projeto São Paulo Orgânico, nesta terça, 5. Desenvolvido pelas secretarias de Agricultura e Abastecimento e de Meio Ambiente, o programa incentiva a agricultura orgânica, com redução de insumos químicos e, consequentemente, oferta de produtos mais seguros e saudáveis.

"Hoje nós estamos dando um passo muito importante pra fortalecer a agricultura orgânica em São Paulo. Produtos certificados que não tem agrotóxicos, que garantem saúde das pessoas, agregam valor e melhoraram a renda do pequeno agricultor do Estado de São Paulo", disse o governador Geraldo Alckmin.

O programa viabilizará o período de transição do sistema produtivo convencional para o orgânico, propondo inovações tecnológicas que diminuam o consumo de insumos químicos. O procedimento será feito por uma linha exclusiva de financiamento para agricultura orgânica, que permite o acesso aos recursos necessários para a implantação de culturas orgânicas.

Para o secretario Bruno Covas, o projeto ratifica a importância da certificação dos produtos orgânicos para "ampliar, proteger, difundir e educar as pessoas para a agricultura orgânica". O teto de financiamento é de até R$ 100 mil por agricultor, pessoa física ou jurídica, e de até R$ 400 mil por cooperativa ou associação de agricultores. O prazo de pagamento é de até 7 anos, inclusa a carência de até 4 anos. O encargo financeiro é de 3% de juros ao ano.


Do Portal do Governo do Estado

Anvisa propõe novas regras para fitoterápicos

JOHANNA NUBLAT
DE BRASÍLIA


Tanchagem, chapéu-de-couro, laranja-amarga, erva-de-bugre, macela, chambá.
Muito usadas pelos avós, essas e outras substâncias, transformadas em medicamentos fitoterápicos, devem ganhar novas regras de comercialização para ter mais espaço nas prateleiras.
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) discute nesta semana a flexibilização da regra em vigor e ainda a criação de uma nova categoria de medicamentos: a do "produto tradicional fitoterápico".
Em seguida, o assunto ainda precisará passar por consulta pública.
Com funções de expectorante, anti-inflamatório, diurético e tantas outras, os fitoterápicos têm princípios ativos derivados exclusivamente de plantas medicinais.
Editoria de Arte/Folhapress
Nos medicamentos "comuns", em geral pode haver também componentes sintéticos e biológicos.
Nos últimos anos, houve queda no número de fabricantes dessas substâncias --de 119 em 2008 para 78 em 2011-- e no total de produtos no mercado --de 512 em 2008 para 384 três anos depois.
A diminuição vem acontecendo porque muitos dos medicamentos conseguiram seus registros em uma época em que não eram necessários estudos de comprovação.
Quando esses registros expiram, os fabricantes acabam não conseguindo renová-los, e o remédio sai do mercado.
Foi o caso da funchicórea, remédio usado para cólicas em bebês há 72 anos, cujo registro foi cancelado pela Anvisa em 2012.
Hoje, muitos fitoterápicos tradicionais, como o baseado na erva-de-bugre, entram na classe dos medicamentos.
Isso significa que essas drogas só têm sua comercialização autorizada após a apresentação de estudos clínicos e de dados científicos que comprovem a sua eficácia e segurança.
FLEXIBILIZAÇÃO
A ideia da Anvisa é flexibilizar essa cobrança e liberar produtos que comprovem a segurança pelo uso tradicional registrado em artigos e livros --desde que os fabricantes cumpram as regras de higiene atualmente exigidas.

Seguindo regras adotadas por outros países, como a Alemanha, a medida deve ter mais impacto em produtos para sintomas de baixa gravidade, como cólicas e prisão de ventre.
"Já existia a abertura para reconhecer a tradicionalidade do uso, mas era insuficiente para garantir que os produtos ficassem no mercado. A área técnica exigia estudos que muitas vezes não estão disponíveis, e o registro ou sua renovação era negado", explica Dirceu Barbano, diretor-presidente da Anvisa.
Barbano afirma que há consenso entre os diretores da Anvisa sobre a necessidade de aproveitar mais o conhecimento tradicional.
"Vivemos num país com biodiversidade e tradicionalidade grandes que acabam sem reconhecimento."
Apesar da queda nos registros, o setor vê aquecimento no mercado nos últimos anos no país, chegando a valores próximos de U$ 550 milhões em 2010.
As regras para registro e as exigências de produção para a nova categoria ainda não foram definidas. Já existe, porém, uma lista de substâncias preparada pela Anvisa que servirá de referência o "formulário de Fitoterápicos, Farmacopeia Brasileira".
A proposta é que substâncias que estão na lista não precisem comprovar a existência do uso tradicional.
E as que estão fora dela --caso dos componentes da funchicórea, hoje vetada-- tenham que fazer a comprovação para serem liberadas.
MIGRAÇÃO
A atual regulamentação do setor é diferente da de países europeus e fez com que muitas empresas fechassem ou migrassem para o ramo de cosméticos, argumenta Henrique Tada, diretor-técnico-executivo da Alanac (Associação dos Laboratórios Farmacêuticos Nacionais).

"No Rio Grande do Sul, que tinha um polo grande de fitoterápicos, 80% das empresas fecharam pelo grau dessa regulamentação".
Já Raymundo Paraná, hepatologista e professor da Universidade Federal da Bahia, faz críticas à redução de exigências sobre os medicamentos fitoterápicos.
Segundo ele, independentemente de serem mais "naturais" do que os medicamentos tradicionais, os remédios derivados de plantas medicinais podem ser tóxicos e causar danos ao fígado, assim como qualquer droga comum.
Por isso, precisariam de uma regulamentação tão rígida quanto.
"Toda e qualquer medicação, não importa se é fitoterápico ou contra sintomas, tem que ter comprovação científica em estudos avançados. Sem isso, não podemos assegurar a eficiência e, sobretudo, a segurança."

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/1240094-anvisa-propoe-novas-regras-para-fitoterapicos.shtml

quinta-feira, 7 de março de 2013

A real importância da Educação Nutricional



Embora a educação nutricional seja vista sempre como um grande esforço em mudar “hábitos alimentares”, a determinação dos padrões alimentares está diretamente relacionada a fatores que incluem: educação para uma nutrição adequada, fatores ecológicos, socioeconômicos, antropológicos e culturais.

A mudança do hábito alimentar pode ser motivada por diversos fatores. Dentre eles está a influência do profissional responsável por se envolver na educação ou no aconselhamento de assuntos relacionados à alimentação e nutrição.
Este profissional, ao sugerir qualquer intervenção alimentar, deve ponderar aspectos culturais e econômicos do indivíduo ou população, principalmente quando a proposta de intervenção envolver aspectos educativos, como é o caso da educação nutricional.

O principal objetivo da educação nutricional é, e sempre será, a prevenção de doenças relacionadas à alimentação e nutrição. Além disso, outros objetivos paralelos são estabelecidos em ações de educação nutricional, como a promoção da saúde da população de forma geral, buscando sempre que os indivíduos mantenham sua alimentação saudável de acordo com suas culturas e disponibilidades.
A mudança ou adequação do hábito alimentar deve sempre ocorrer de forma gradativa e contínua. Nos casos em que a mudança ocorre desta forma, os indivíduos passam a implementar melhores hábitos alimentares e a agregar valores ao seu novo estilo de vida, tornando estes novos hábitos naturais e fáceis de serem seguidos no dia a dia.
Quando realizado de forma eficaz e planejada o resultado esperado do processo de educação nutricional é a mudança do comportamento alimentar e não somente a melhora do conhecimento sobre alimentação e nutrição por parte da população.
Desta forma, o profissional nutricionista deve sempre identificar possibilidade de aplicar ações de educação nutricional em qualquer que seja o seu âmbito de trabalho, pois o benefício da mudança gerada por este processo agrega valores e qualidade de vida aos indivíduos e a população de forma efetiva.    

Aline Caradori de Farias
Diretora APAN

terça-feira, 5 de março de 2013

Sai o merchandising, mas propaganda infantil continua


Marcelo Torres

Sexta-feira passada entrou em vigor a proibição de “merchandising” em programas infantis na televisão (“merchandising” é aquela propaganda indireta, quando um produto comercial é colocado em filmes, quadros e programas na TV).  Segundo notícia veiculada pela Agência Brasil, a medida foi adotada pela Associação Brasileira de Anunciantes,  “reconhecendo a necessidade de ampliar a proteção a públicos vulneráveis”. Apesar da proibição desse tipo de propaganda indireta, a publicidade direta – e dirigida às crianças – continuará sendo veiculada durante os intervalos comerciais, mesmo que os anunciantes tenham admitido que crianças constituem um dos “públicos vulneráveis”.
É disso que a assistente de direção de arte Thaiane Pinheiro, 23 anos, se queixa. Mãe de um menino de 5 anos, ela diz que é preciso haver “muita conversa” e firmeza nas decisões para driblar o impulso consumista despertado pela propaganda nas crianças.

Ainda na sexta-feira, o Procon de São Paulo e o Instituto de Defesa do Consumidor (Idec) divulgaram nota em que consideram “insuficientes e inadequadas as alterações, visto que desestimulam apenas o merchandising”. 
Na matéria publicada na Agência Brasil, “o Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar) destaca ser contrário à proibição total da publicidade infantil, por entender que se trata de parte essencial da educação”.
A matéria traz a seguinte declaração de Gilberto Leifert, presidente do Conar: “Privar crianças e adolescentes do acesso à publicidade é debilitá-las, pois cidadãos responsáveis e consumidores conscientes dependem de informação".
Não é o que pensam instituições, especialistas e entidades que defendem os direitos da criança. Ana Cláudia Bessa - uma das fundadoras do movimento Infância Livre de Consumismo, coletivo formado por pais e mães inconformados com os estímulos da publicidade infantil ao consumo excessivo - teme que a incorporação das recomendações seja um “movimento de bastidores” para evitar que o Brasil tenha uma lei específica que regulamente o assunto.
“O Projeto de Lei 5.921/01, que proíbe a publicidade dirigida à criança e regulamenta a publicidade dirigida a adolescentes, tramita há mais de dez anos no Congresso Nacional. Tenho receio que, diante da grande pressão da sociedade, o Conar tenha feito essa alteração para evitar mudanças mais profundas, previstas no projeto”, disse Ana Cláudia Bessa.
Há um consenso entre os especialistas que as crianças não têm desenvolvimento psicológico suficiente para identificar estratégias de persuasão utilizadas nas peças publicitárias e facilmente confundem o cenário e os resultados produzidos com a realidade.
“Muitas propagandas iludem as crianças. São sempre coloridas, mágicas e trazem a sensação de que, com o brinquedo, a criança pode ser um super-herói. Quando elas ganham o brinquedo, ficam felizes por umas duas horas até descobrir que ele [o brinquedo] não faz tudo o que estava no comercial”, disse.
Na semana passada, o documentário “Muito Além do Peso”, que trata da epidemia da obesidade no Brasil e no mundo, foi exibido no Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea), e foi assistido por conselheiros, autoridades, especialistas, professores e alunos de Nutrição.
Sob direção de Estela Renner, o filme expõe as responsabilidades tanto do Estado, como da escola, família, meios de comunicação, anunciantes e indústria alimentícia com relação à obesidade infantil. Dados da Pesquisa de Domicílios Familiares, realizadas pelo IBGE, revelam que 1/3 das crianças brasileiras estão com sobrepeso.
O Consea defende a regulação – por parte do Estado – da publicidade de alimentos dirigida a crianças. Em todos os fóruns de debates e instâncias do Conselho há consenso sobre a necessidade de ações em duas frentes: uma é a educação alimentar, nas escolas públicas e particulares de todo o país; a outra ação é a regulamentação da publicidade infantil de alimentos, na forma como é proposta pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Fonte: Ascom/Consea