Sou
Nutricionista Personal e confesso que a minha óptica para o que seja “Atenção
voltada para um indivíduo” mudou muito depois que comecei a fazer atendimentos
individualizados.
Percebi
que a pessoa carece de um olhar, uma percepção que vai além dos livros de auto-ajuda
e do conhecimento técnico. A pessoa precisa se expressar e ser captado neste
momento.
Atendi
pessoas que queriam ou precisavam mais “arrumar a cabeça do que o corpo, que
precisavam mais atenção que uma dieta, alguém que as pudesse ouvir e vê-las
como um todo.
Logicamente
o alimento enquanto fonte para manter a máquina do corpo humano é tudo o que o
ser humano pode ter de melhor para resolver problemas de saúde, mas há que se
aquietar a alma e para chegar neste ponto o profissional precisa ser um bom
ouvinte, fazer a leitura de um “senão” ou um “talvez” e oferecer atenção em
forma de alimento ou orientação para o fortalecimento da auto-estima por
exemplo.
As
pessoas andam insatisfeitas, assim mesmo in-sa-tis-fei-tas, e com tantas coisas,
que não sobra tempo para se cuidarem, e a vida como diz o ditado é curta e em
alguns casos mais curta ainda para quem vive procurando os mínimos detalhes em
tudo.
Lidar
com as dificuldades se faz necessário, é sinônimo de crescimento. Achar tempo
para ser feliz é preciso e o começo de uma boa perspectiva de qualidade de vida.
Todos
hoje correm muito de um lado para outro esperando chegar a algum lugar, estão sempre
preocupados em Ter mais do que Ser. Não se conhecem, não se escutam, não se ajudam.
O que percebo neste exato momento é que muita gente está adoecendo, como se
fosse um pedido de socorro. É o reflexo de sentirem-se engolidas pela pressão
do dia a dia das grandes Metrópoles.
O
ritmo é este, mas acredito que ainda dá para melhorar através de um abraço, de
uma palavra amiga, de uma dica, sei lá! Temos que fazer a nossa parte por menor
que ela seja, pois o esforço conjunto é sempre vitorioso.
Dulce Carvalho
Diretora APAN
Gestão 2011/2014
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