domingo, 27 de janeiro de 2013

O peso da escola

Capa/Obesidade infantil | Edição 188


Com uma em cada três crianças brasileiras apresentando sobrepeso, o que poderia parecer apenas um problema de saúde pública se torna também assunto do ambiente escolar, ainda influenciado por padrões de consumo alimentício de baixo valor nutricional


Cristiane Marangon, com a Redação



Aos 4 anos, o pequeno Yan se joga no chão da cozinha e começa a chorar. Ele esperneia e grita enquanto não ganha da mãe um pacote de batatinhas fritas. Erik, de 8 anos, troca com os colegas de classe alguns itens do material escolar por guloseimas, como pacotes de bolacha. Já Léo, de 9 anos, confunde chuchu com abacate e não é a única criança de sua idade a não reconhecer alimentos in natura. As três crianças têm problemas de saúde relacionados ao sobrepeso e desmistificam algumas ideias recorrentes: a de que o Brasil ainda é um país de desnutridos que está longe do problema da obesidade infantil e que, quando muito, essa doença está relacionada a áreas­ urbanas. Para completar, essas crianças, muitas vezes, não estão recebendo alimentação e informação adequada nas escolas que frequentam.

As constatações estão no dia a dia de quem trabalha com nutrição, alimentação infantil e merenda escolar. E também expostas no documentário Muito além do peso, em exibição em algumas salas de cinema do país durante o mês de dezembro. O filme, que reúne retratos de ambientes alimentares em diferentes municípios e realidades socioeconômicas no Brasil, faz uma advertência: 33% das crianças brasileiras são obesas, com a anuência de todos. 

Fonte: http://revistaeducacao.uol.com.br/textos/188/sumario.asp

Adeus ao assistencialismo

Capa/Merenda escolar | Edição 188


Hoje a legislação garante que a alimentação servida nas escolas brasileiras deve priorizar a agricultura familiar e o estímulo à economia local. Mas ainda há desafios a serem enfrentados, como a falta de nutricionistas e os maus hábitos alimentares

Cristiane Marangon, com Redação


Está na lei: 30% dos alimentos adquiridos por estados e municípios com os repasses do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) devem ser comprados diretamente da agricultura familiar. A intenção é induzir bons hábitos alimentares e, de quebra, estimular o desenvolvimento, a educação e a saúde pública local. Além disso, o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) também orienta a realização de avaliação antropométrica dos alunos, que inclui pesagem e medição de altura. Mas, entre as dificuldades enfrentadas no dia a dia dos municípios, estão a baixa presença de nutricionistas por escola - normalmente um profissional se reveza entre todas as instituições locais, a logística do horário escolar e da conservação de alimentos perecíveis, além, é claro, de hábitos alimentares nem sempre saudáveis, tanto da família quanto da comunidade e das próprias merendeiras.
Apesar disso, o país tem conquistado avanços. Segundo a diretora da Ação Fome Zero, Fatima Menezes, há décadas trabalhando em escolas, primeiramente como professora, depois em cargos de direção, e agora acompanhando de perto a realidade de diversos municípios brasileiros por meio das ações da Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip), a alimentação escolar brasileira está bem melhor. "Nos últimos anos, o perfil da alimentação escolar mudou sobremaneira. Até então, o programa era para atendimento de pobre, para quem não tinha alimentação em casa. Infelizmente, nesse caso, era usado o conceito de assistencialismo. A origem do Programa Nacional de Alimentação Escolar era ofertar alimentação para a população carente. O mundo mudou e esse modelo já não cabe mais", diz, lembrando que, após a Segunda Guerra Mundial, o Brasil recebia doação de alimentos enlatados dos Estados Unidos para compor o cardápio escolar. Na opinião de Fatima, hoje o Brasil tem um programa estruturante, não mais assistencialista. "Isso faz toda a diferença. A mãe não fica mais em casa, saiu para trabalhar. A escola hoje tem de ter um papel diferente do que tinha nos anos 70. Hoje, ela deve dar a refeição, não o sanduíche", reflete. Sobre a qualidade do alimento ofertado às crianças, entretanto, Fatima relata que "há de tudo". "Em alguns lugares a qualidade é excelente, experimentamos refeições maravilhosas. Mas, por outro lado, em algumas regiões existem situações inadequadas."
No quesito produtos perecíveis, o município de Nova Andradina (MS) enfrentou o problema com a aquisição de oito extratores de sucos para as escolas da rede no primeiro semestre deste ano. Também foram adquiridos fogões, forno industrial, liquidificadores, batedeiras, lixeiras industriais e balanças. No total, foram gastos R$ 44 mil. Para a utilização desses equipamentos e o melhor aproveitamento das propriedades dos alimentos, o nutricionista Paulo Sergio D'Alkmin Filho faz o acompanhamento nas escolas. "Além do arroz, do feijão, da farinha e da carne, servimos diariamente saladas, frutas e legumes", conta. "Nosso objetivo é transformar os hábitos alimentares dos alunos da rede", explica.



Ubirajara Machado/Ascom MDA
Programa Alimentação Escolar: a aquisição de gêneros alimentícios deve ser realizada,  sempre que possível, no mesmo município das escolas


Avanços
O desafio para enfrentar o problema da qualidade ainda passa por questões simples, como superar a monotonia dos cardápios escolares, baseados, em grande parte, em alimentos de fácil preparo e armazenamento, como arroz, feijão e repolho. E por questões mais complexas, como a falta de cozinhas adequadas e um plano de saúde e de carreira para as merendeiras. Fatima cita um estudo da Fiocruz que revela que a vida útil do profissional de merenda é de apenas três anos. "É um caso de saúde pública. Por que essas condições? Porque as prefeituras não têm a visão, às vezes não têm os recursos. Ou, às vezes, têm os recursos e não sabem onde ob­tê-los", diz Fatima.
Suco natural
Paralelamente, também acontece o projeto Escola Saudável, cujo objetivo é a prevenção e o controle da obesidade infantil, que está a pleno vapor desde o início deste ano. O trabalho é desenvolvido por professores de educação física, integrando todos os demais profissionais da escola e envolvendo a família.
Paulo sempre faz reuniões com os pais nas escolas. "Converso com todos sobre a importância da merenda escolar. Digo que ela é balanceada e supre todas as necessidades nutricionais das crianças e dos adolescentes. Por isso, peço que os pais não enviem guloseima para seus filhos comerem na hora do lanche", relata.
Em Nova Andradina, os recursos repassados pela União somam pouco mais de R$ 447 mil. Ainda há o repasse do município, que é de quase o mesmo valor, R$ 442 mil. O total gasto na aquisição de alimentos gira em torno de R$ 889 mil. "Diariamente são oferecidas cerca de seis mil refeições em 21 unidades, compostas por escolas, creches e entidades filantrópicas", contabiliza Nair Aparecida Lorencini Russo, secretária de Educação, Cultura e Esportes. O município atende educação infantil, ensino fundamental e educação de jovens e adultos.
Pela Lei 11.947, que rege o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae), os valores repassados a estados e a municípios por dia letivo para cada estudante são definidos de acordo com a etapa de ensino: para creches, R$ 1, para pré-escola, R$ 0,50, ensinos fundamental e médio recebem R$ 0,30 e ensino integral, R$ 0,90. O orçamento para 2012 foi de R$ 3,3 bilhões, para 45 milhões de estudantes.

Fonte: http://revistaeducacao.uol.com.br/textos/188/artigo274778-1.asp

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Especialização em Nutrição em Nefrologia


Operação Mercatus apreende quase 25 ton de alimentos em Pernambuco


Apreensões aconteceram no Recife, Olinda, Jaboatão e Paudalho. Mercadoria roubada era adulterada e vendida em pequenos mercados.


Aproximadamente 25 toneladas de alimentos impróprios para consumo foram apreendidos pela polícia durante a 'Operação Mercatus', que buscou coibir a venda de cargas roubadas no Recife, Olinda, Jaboatão dos Guararapes e Paudalho. O balanço da operação foi apresentado na manhã desta quinta-feira (24), na sede do Departamento de Repressão aos Crimes Patriominais (Depatri), no bairro de Afogados, no Recife.
Ao todo, 17 pessoas foram presas, sendo 15 em decorrência de mandatos de prisão e duas em flagrante. Além disso, um mandado de prisão foi expedido contra um homem que já estava detido por receptação de remédios roubados. Entre os presos em flagrante está um comerciante do bairro de Casa Amarela, no Recife, suspeito de vender produtos impróprios para o consumo e que estava com um revólver, mas que não teria envolvimento com a quadrilha.
A outra pessoa presa em flagrante é uma mulher que tinha sido presa anteriormente pela Delegacia de Jaboatão por comercializar produtos vencidos. "Ela estava solta há menos de duas semanas e já tinha voltado a comercializar esses produtos [vencidos], tanto que a prendemos em flagrante. Ela não adulterava a data, repassava para outra pessoa que o fazia", explica o delegado Osias Tibúrcio.
A operação contou com o apoio da Polícia Militar, Secretária Estadual da Fazenda e Agência Pernambucana de Vigilância Sanitária (Apevisa). Ao todo, seis estabelecimentos, entre mercadinhos, depósitos e residência, foram lacrados. "Nós prendemos dois funcionários de transportadoras. Ele [o líder da quadrilha] os aliciava para que fossem feitos pequenos furtos, como duas peças de picanha, uma caixa de linguiça. Com isso, nem mesmo as empresas conseguiam identificar as diferenças como furto", aponta Tibúrcio.
Em uma chácara em Paudalho, a polícia apreendeu quase 20 toneladas de farinha de trigo vencida. "Ele [o suspeito] já estava negociando a carga com padarias da região. Encontramos na casa também sacos novos de farinha, o que indica que eles pretendiam mudar a farinha de saco para facilitar a falsificação", afirma o delegado.
A polícia apreendeu durante a operação também 980 quilos de carne de porco estragada, quase duas toneladas de maionese, entre outros produtos como leite longa vida e feijão. "Um dos presos fornecia carne para mercados públicos, principalmente o de Afogados e o de São José. Algumas carnes estavam tão ruins que ele salgava e transformava em carne-de-sol para conseguir vender", detalha Tibúrcio.
Foram encontrados também carimbos usados para adulterar a data de validade dos produtos. "Eles apagavam a data original e carimbavam outra. Algumas adulterações eram fáceis de ser identificadas, mas outras eram realmente bem feitas, com número de lote e tudo", explica.
Os suspeitos vão responder pelos crimes de roubo, furto, falsificação e adulteração de mercadorias e receptação. Eles foram levados ao Centro de Observação e Triagem Professor Everaldo Luna (Cotel), em Abreu e Lima, na Região Metropolitana do Recife, e a mulher, para a Colônia Penam Feminina, no Recife.
Fonte: http://g1.globo.com/pernambuco/noticia/2013/01/operacao-mercatus-apreende-quase-25-ton-de-alimentos-em-pernambuco.html

Sanciona Alckmin!


Nós nunca estivemos tão perto de uma vitória tão grande contra a obesidade infantil. 
No dia 18.12.2012, a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) aprovou dois Projetos de Lei  que tratam da proteção da criança e de seu direito à saúde e à alimentação saudável. Um deles proíbe a venda de alimentos com brinde ou brinquedos; o outro proíbe a publicidade de alimentos não saudáveis em rádios e TVs das 6h às 21h, e também em qualquer horário dentro de escolas públicas e privadas. 

Até o final de janeiro o Governador Alckmin poderá, ou não, aprová-los.  
Caso sejam sancionados, esses projetos de lei serão um marco na luta contra a epidemia de obesidade infantil que assola o país - 30% das crianças brasileiras apresentam sobrepeso e 15% delas já são obesas.
De acordo com pesquisas realizadas pelo Datafolha, quase 80% dos pais acreditam que a publicidade de alimentos não saudáveis prejudica os hábitos alimentares de seus filhos, e 76% são favoráveis a algum tipo de restrição à publicidade direcionada para crianças. Pais e mães dependem destas leis para, juntos com o estado, tratarem deste mal que assola tantas crianças brasileiras. 
Essa é uma oportunidade única para que o Governador Alckmin faça sua parte:ouvindo o desejo da sociedade, protegendo nossas crianças e reduzindo os enormes custos com a saúde pública gerados pela epidemia da obesidade. 
Bastam duas assinaturas do governador Geraldo Alckmin para mudarmos a história. Você vem com a gente?

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Vigilância fecha depósito com merenda escolar vencida no RS


Tonelada de alimentos perderam a validade estocados em Rio Pardo.  Enquato isso, escolas do município ficaram sem merenda em 2012.

Um depósito de alimentos da rede municipal de educação foi interditado nesta quinta-feira (17) pela Vigilância Sanitária em Rio Pardo, na Região Central do Rio Grande do Sul. Toneladas de alimentos perderam a validade no local enquanto faltava merenda em colégios do município. A reportagem é do RBS Notícias (veja o vídeo).
 O depósito fica atrás de uma escola e guarda toneladas de alimentos em um ambiente úmido e sujo. Os fiscais encontraram caixas de margarina sem refrigeração e fora do prazo de validade. Uma lata de óleo, por exemplo, deveria ter sido consumida até maio de 2007. Cerca de duas toneladas de leite em pó vão para o lixo.
“O principal problema é umidade. Deve ter telha quebrada, chove aqui dentro. A gente vê sacos de leite em pó que chegam a ter água correndo dentro dos sacos”, constatou o fiscal sanitário Élgio Lopes.
A Vigilância Sanitária estima um prejuízo de R$ 30 mil reais no desperdício dos alimentos, que poderiam ter reforçado a refeição de estudantes. No ano passado, pelo menos 12 escolas ficaram sem merenda no município, segundo a prefeitura.
“A gente presenciou só arroz e feijão nas escolas de educação infantil. Nas de ensino fundamental, não tinha nada”, relata a secretária de Educação, Maria Rosane Raabe.
No mesmo prédio, mas em um banheiro abandonado, outro flagrante de desperdício, mas de material escolar: cadernos novos estão se deteriorando por causa da umidade. Os que resistiram aos efeitos do tempo não podem ser doados aos alunos, pois foram estocados junto com veneno de rato
O ex-secretário de Educação e atual presidente da Câmara de Vereadores, Telmo Berger, disse que faltou merenda no ano passado porque 600 novos alunos foram integrados à rede municipal. Ele admite que sabia da situação do depósito.
“Nós tínhamos conhecimento que o prédio estava em precárias condições e precisava ser restaurado, mas para nós não deu tempo. É uma surpresa essa merenda que eventualmente está vencida. Lamentamos”, afirmou.
O ex-prefeito Joní da Rocha informou que vai responsabilizar uma nutricionista, servidora do município, pelo desperdício dos alimentos encontrados com validade vencida no depósito.
Fonte: http://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/noticia/2013/01/vigilancia-fecha-deposito-com-merenda-escolar-vencida-no-rs.html


Mulher de 38 anos é diagnosticada com botulismo em Araraquara, SP


Doença contraída pela ingestão de alimentos contaminados pode matar. Paciente foi internada dia 8 de dezembro e recebeu o diagnóstico no dia 16.


Uma mulher de 38 anos foi diagnosticada com botulismo em Araraquara (SP) e está internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), em estado grave, há um mês. A doença é contraída pela ingestão de alimentos contaminados e pode levar à morte. A paciente, que foi internada no dia 8 de dezembro e recebeu o diagnóstico no dia 16, já apresenta melhora, mas a recuperação pode levar meses.
A mãe da mulher contaminada, Maria Aparecida Albino, diz que os primeiros sintomas da filha foram iguais aos de uma virose. "Ela teve vômitos e diarreias, mas o quadro piorou e em 24 horas ela já estava na UTI.", conta.
"Ela começou a falar mole, paralisou os olhos, teve parada e nem os médicos sabiam o que ela tinha", conclui Maria.
A mulher foi internada no Hopital São Paulo de Araraquara e após a piora dos sintomas os médicos suspeitaram de botulismo, doença causada por uma bactéria, que libera uma toxina e afeta o cérebro. 
Médico diz que cozinhar ou assar bem os alimentos ajuda a prevenir a doença (Foto: Wilson Aielo/EPTV)Médico diz que cozinhar ou assar 
bem os alimentos
ajuda a prevenir a doença 
(Foto: Wilson Aielo/EPTV)
O médico sanitarista Rodolpho Telarolli Júnior explica que a bactéria geralmente é encontrada em alimentos enlatados ou a vácuo e é importante assar e cozinhar bem antes de consumir.
"Não se deve consumir alimentos de latas que estiverem com a embalagem saltada", informa Telarolli.

Em 15 anos, em todo o Estado de São Paulo, foram registrados 22 casos e cinco pessoas morreram. Esse tipo de doença deve ser informado na Secretaria Municipal de Saúde, que deve informar a Secretaria Estadual e o Ministério da Saúde, que mandam técnicos ao local para investigações.
Secretaria
A Secretaria Estadual da Saúde informou que já foi notificada do caso e que as investigações para saber o que causou a doença devem ser feitas no município.

Botulismo
A forma mais comum de adquirir a doença é pela ingestão de alimentos contaminados, na maioria dos casos, alimentos feitos em casa ou em conserva, como palmito, vegetais, enlatados, peixes e frutos do mar preparados sem as devidas precauções de higiene.

Os principais sintomas são visão dupla e embaçada, fotofobia, queda das pálpebras, tonturas, boca seca, intestino preso e dificuldade para urinar. O mais grave dos sintomas é a paralisia dos músculos respiratórios, que pode ser fatal.
Recomendações
A bactéria que causa o botulismo  tem predileção por ambientes sem oxigênio. É preciso ter cuidado com alimentos enlatados, em vidro ou embalados a vácuo, não os consuma caso as embalagens estajam enferrujados, estufados ou com a água de aparência turva.

Preparos de conservas em casa devem obedecer, rigorosamente, aos cuidados de higiene para evitar a contaminação do alimento.
É importante ferver os alimentos enlatados, principalmente palmito e conservas, antes de consumi-los. O processo de fervura é capaz de destruir as toxinas liberadas pela bactéria.
O mel pode ser um reservatório de botulismo, consuma apenas o produto produzido por companhias idôneas.
Fonte: http://g1.globo.com/sp/sao-carlos-regiao/noticia/2013/01/mulher-de-38-anos-e-diagnosticada-com-botulismo-em-araraquara-sp.html

Usado por índios contra infecção urinária, "cranberry" começa a ganhar espaço no Brasil

Cármen Guaresemin
Do UOL, em São Paulo


O cranberry está começando a ficar conhecido no Brasil onde ganhou o nome de oxicoco e é encontrado em cápsulas e sucos em supermercados.  É uma das três frutas nativas dos Estados Unidos, ao lado do blueberry (mirtilo) e da concord grape (um tipo de uva escura), e é considerada poderosa por uma série de possíveis benefícios que traria à saúde.

Entre eles, os mais comentados são seu efeito antioxidante e o poder de combater infecções urinárias.  Porém, os estudos ainda não confirmam sua eficácia e enquanto alguns profissionais recomendam seu uso, outros acham prematuro indicá-la.

"Os índios norte-americanos já usavam a fruta para prevenir e tratar doenças do trato urinário há séculos e isso sempre intrigou os cientistas que vêm estudando os potenciais benefícios do suco de cranberry para a saúde nos últimos anos", diz Edson Credidio, médico nutrólogo, clínico geral-pesquisador e doutor em Ciências de Alimentos pela Unicamp.

Ele conta que o suco combate cistites e infecções urinárias porque a fruta  possui uma substância que impede a adesão das bactérias nas paredes da bexiga, em especial a Escherichia coli, maior causadora das cistites.

Mas, cuidado, engana-se quem pensa que o suco equivale a um medicamento: "Na maioria dos casos deve-se tratar as infecções urinárias, após a realização de exame de urina e urocultura, e utilizar o cranberry na prevenção de  recidivas de infecções do trato urinário", ensina o médico.
Questão em aberto

Já Daher Chade, urologista do Instituto do Câncer de São Paulo, discorda: "Apesar de haver  estudos científicos, antigos, mostrando discreta redução na incidência de infecção urinária com o uso de cranberry, infelizmente, os mais recentes e de maior nível de evidência não mais comprovaram a utilidade no uso deste produto para evitar ou tratar infecção urinária, tanto em forma de suco como em cápsulas".

Fernando Almeida, urologista da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), diz que pesquisas que começaram por volta de 2001 demonstraram que houve diminuição de casos de cistites recorrentes (cinco casos por ano) em mulheres que tomaram o suco. Porém, ele admite: "Os benefícios do cranberry para o trato urinário não é uma questão fechada".

Ele cita pesquisas do Centro de Pesquisa de Evidências Científicas Cochrane que, após análise de alguns estudos mais recentes, avaliou que não há comprovações para se recomendar o uso do suco de cranberry nos tratamentos de cistite. "Eu não recomendo o produto. Além disso, não acho que seja um suco que agrade ao paladar do brasileiro e é caro, porque é importado. Talvez, ofereça algum benefício, mas seria pequeno".

Poder antioxidante

Credidio lembra que, como as demais frutas vermelhas (morango, cereja, framboesa e mirtilo), o cranberry contém vitaminas A, C e D, além de flavonoides, fitoquímicos com poderes antioxidantes. "Ele também contém muitos polifenois que protegem o coração e reduzem o colesterol no sangue, inclusive o famoso resveratrol", diz.

Chade concorda em partes: "Cranberry apresenta propriedades antioxidantes e, como outras ‘berries’, é conhecido por diminuir a incidência de doenças cardiovasculares e prevenir o câncer em estudos laboratoriais. Porém, não existem estudos demonstrando esta eficácia no uso clínico para tornar seu consumo uma recomendação".

A nutricionista Vanessa Suzuki, da Educação Nutricional, lista as qualidades da fruta: fonte de antocianinas, flavonoides, catequinas, triterpenoides, ácidos (beta-hidroxibutírico, cítrico, málico, quínico, benzoico, elágico, hipúrico), vitamina C e fibras. "Como antioxidante, seu uso pode ser benéfico para a saúde de um modo geral, pois alguns estudos relatam que os fitoquímicos da fruta são responsáveis pela inibição da oxidação do colesterol LDL. No entanto, há necessidade de mais pesquisas para real comprovação".

Fonte: http://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/redacao/2013/01/15/pouco-conhecida-no-brasil-cranberry-e-considerada-uma-fruta-poderosa-para-a-saude.htm

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

7 CPNutri: Saiba como ser uma Apanete!


Você quer participar da APAN?
Saiba como!
Objetivo
Capacitar estudantes de nutrição para recepcionarem, atenderem, direcionarem e darem suporte organizacional aos participantes do Congresso.
Benefícios
Cortesia para participação no Congresso, quando não estiver escalado como APANETE;
Ter maior contato com profissionais renomados da área;
Recebimento de certificado de participação no congresso;
Auxílio condução;
Auxílio alimentação;
Recebimento de duas camisetas APAN;
Recebimento de material do congresso.
Atividades
Orientação aos participantes na recepção e no auditório;
Conferência dos documentos dos participantes que chegam e entrega de material;
Apoio na recepção dos convidados e palestrantes e encaminhamento para diretora responsável pela recepção;
Fornecimento de água aos palestrantes durante as apresentações;
Auxílio na venda dos produtos APAN no stand da Instituição;
Atendimento aos participantes para esclarecimento de dúvidas e fornecimento de informações que comparecerem ao stand da APAN;
Apoio na reposição de produtos no stand APAN;
Manter o stand da APAN organizado;
Apoio na recepção dos palestrantes;
Auxílio na entrega de prêmios aos vencedores dos melhores trabalhos científicos expostos durante o congresso;
Assistência no controle do fluxo de participantes no local onde será realizado o evento;
Caso necessário, apoio na parte técnica quanto ao som, luz e mudança de slides das apresentações;
Auxílio na retirada de pôsteres e produtos do stand APAN quando da finalização do evento.
Pré-requisitos
Ser estudante de graduação ou estudante do técnico de nutrição;
Boa apresentação;
Boa Comunicação;
Cordialidade;
Ser maior de 18 anos;
Simpatia;
Domínio da informática como usuário;
Disponibilidade de horário.
Como participar
Envie seu curriculum com telefone de contato para secretaria@apanutri.com.br aos cuidados de Herminia

7 CPNutri - Mensagem APAN!



É com grande alegria que a APAN convida a todos para o 7º CPNutri que será realizado nos dias 16, 17 e 18 de maio de 2013.
Com o tema Desafios da Nutrição: Inovar & Integrar, proporcionaremos um espaço para troca de experiências e temas recentes da área.
Além do programa científico que abrange todas as grandes áreas de atuação, teremos a EXPO APAN 2013 que conta com empresas, produtos e serviços do segmento de nutrição e alimentação.
Aproveite a oportunidade e garanta a sua vaga.


Diretoria APAN
Gestão 2011 - 2014

Ainda dá tempo! Não perca!


Estudo liga consumo de fast food a aumento de asma e eczema entre crianças


Comer fast food três vezes por semana pode levar crianças a contrair asma ou eczemas, segundo uma pesquisa que analisou padrões de dietas e doenças globais.
O estudo, que analisou dados de 500 mil crianças de mais de 50 países, indicou que as que comiam fast food --como hambúrgueres-- com regularidade, corriam mais risco de sofrer condições alérgicas como asma severa, eczemas, coceira nos olhos e olhos lacrimejantes.
As conclusões, publicadas na revista especializada "Thorax", afirmam que alimentos do tipo fast food contêm altas doses de ácidos gordos transsaturados, conhecidos por afetar a imunidade.
Mas a pesquisa indica ainda que o consumo de frutas pode ajudar a reduzir os efeitos negativos do consumo excessivo de comidas tipo fast food, já que futas são ricas em antioxidantes e outros componentes benéficos.
De acordo com o estudo, crianças no início da adolescência que comiam fast food de três ou mais vezes por semana tinham 39% mais riscos de sofrer de asma severa. E crianças com entre seis a sete anos, tinham 27% a mais de chances de sofrer dessa condição.
EFEITO DE FRUTAS
O consumo de três ou mais porções de frutas por semana reduz o risco de asma, eczema e rinoconjuntivite em 11% a 14%.
Os autores do estudo, Inneas Asher, da Universidade de Auckland, na Nova Zelândia, e Hywel Williams, da Universidade de Nottingham, na Grã-Bretanha, afirmam que as conclusões da pesquisa ''têm grande importância para a saúde pública devido ao aumento mundial de consumo de fast food''.
Em determinados casos, alimentos como leite bovino, ovos, peixe, mariscos, produtos de levedura, nozes e alguns corantes e conservantes, podem agravar os sintomas.
Malayka Rahman, da entidade Asthma UK, afirma que pesquisas mostram que os hábitos alimentares de uma pessoa podem contribuir para o risco de elas desenvolverem asma e que uma dieta saudável pode ter efeitos benéficos.
''As evidências sugerem que as vitaminas e antioxidantes encontrados em frutas e legumes frescos têm um efeito benéfico sobre a asma, portanto aconselhamos as pessoas com asma a manter uma dieta saudável e equilibrada, incluindo cinco porções de frutas ou legumes todos os dias, os peixes mais do que duas vezes por semana e leguminosas mais do que uma vez por semana", comenta Malayka Rahman.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/bbc/1214592-estudo-liga-consumo-de-fast-food-a-aumento-de-asma-e-eczema-entre-criancas.shtml

Protocolo clínico e Diretrizes terapêuticas - Doença Celíaca

Confira o documento em: http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/pcdt_doenca_celiaca_livro_2010.pdf

Marco de referência de educação alimentar e nutricional para as políticas públicas


Quer ver este documento? Acesse: http://www.crn4.org.br/cms/upl/arqs/marco_ean_visualizacao.pdf


sábado, 12 de janeiro de 2013

I Diretriz sobre o consumo de gorduras e saúde cardiovascular

A Sociedade Brasileira de Cardiologia lançou neste mês a I Diretriz sobre o consumo de gorduras e saúde cardiovascular, tendo como finalidade:


  • Rever as evidências científicas dos principais efeitos dos diferentes tipos de ácidos graxos sobre fatores de risco cardiovasculares, o processo aterosclerótico e  eventos clínicos;
  • Rever as fontes principais dos diferentes ácidos graxos nos alimentos no Brasil;
  • Estabelecer graus de recomendação e níveis de evidência para diferentes estratégias e padrões dietéticos que se relacionem com o risco cardiovascular;
  • Difundir o conhecimento atual entre profissionais de saúde e a população geral, visando reduzir as taxas de eventos cardiovasculares no país.
Confira o documentos completo através do link: http://publicacoes.cardiol.br/consenso/2013/Diretriz_Gorduras.pdf 

Publicidade Infantil deve ganhar novas regras em São Paulo


O governo de São Paulo deve sancionar ainda em janeiro dois projetos de lei que pretendem impor novas regras para anunciar alimentos a crianças e vender lanches com brinquedos.

por Amanda Brasil


Há tempos , nos corredores do cenário publicitário discute-se a interferência da publicidade de fast – foods que oferecem brinquedos como brindes, na educação(principalmente alimentar) das crianças – Já que se encontram em fase de formação de conceitos e de crescimento, atrelar elementos lúdicos à uma comida com pouco valor nutrivo, poderia gerar danos futuros à saúde dos (as) pequeninos (as).
Não obstante, o governador de São paulo – Geraldo Alckmin (PSDB), ainda no mês de janeiro deve sancionar dois projetos de lei que pretendem impor novas regras para anunciar alimentos com baixo teor nutritivo a crianças e vender lanches junto com brinquedos.
McDonald´s, Bob´s e Burger King estão entre as principais marcas que podem ter que rever a sua estratégia de relacionamento infantil. O texto que proíbe a venda de alimentos com brinquedos ou brindes, o PL 1.096 de 2011, é de autoria do deputado Alex Manente (PPS). Já o PL 193 de 2008, criado pelo deputado Rui Falcão (PT), não só obriga os anúncios de alimentos e bebidas “pobres em nutrientes, com alto teor de açúcar, gorduras saturadas ou sódio” a serem veiculados no rádio e na TV apenas entre 6 e 21 horas, como também veta o uso de personagens e celebridades infantis. Ambos os textos foram aprovados em dezembro de 2012 pela Assembleia Legislativa paulista (Alesp).
Fonte: http://midiapublicitaria.com/publicidade-infantil-deve-ganhar-novas-regras-em-sao-paulo/

Metade da comida do mundo vai parar no lixo, diz relatório


Desperdício acontece por uma série de motivos, entre eles condições inadequadas de armazenamento e adoção de prazos de validade demasiadamente rigorosos


Um relatório de uma organização britânica indica que até metade de toda a comida produzida a cada ano no mundo, ou cerca de 2 bilhões de toneladas, vão parar no lixo. O documento, intitulado Global Food; Waste not, Want not ("Alimentos Globais; Não Desperdice, Não Queira", em tradução livre), diz que o desperdício acontece por causa de uma série de motivos, entre eles as condições inadequadas de armazenamento e a adoção de prazos de validade demasiadamente rigorosos.

Outro problema é a preferência dos consumidores por alimentos com um formato ou cor específicos. O estudo diz que até 30% das frutas, verduras e legumes plantados no Reino Unido sequer são colhidos por causa de sua aparência. O desperdício de alimentos também implica em desperdício de recursos usados para a produção deles, como água, áreas para agricultura e energia, alertou o relatório publicado pela Institution of Mechanical Engineers, uma organização que representa engenheiros mecânicos e reúne 100 mil membros no Reino Unido.
Ofertas nos supermercados
A ONU prevê que até 2075 a população mundial chegue a 9,5 bilhões de pessoas, um acréscimo de quase 3 bilhões em relação à população atual, o que reforça a necessidade de se adotar uma estratégia para combater o desperdício de alimentos e, assim, tentar evitar o aumento da fome no mundo.
De acordo com o relatório, o equivalente a entre 30% e 50% dos alimentos produzidos no mundo por ano, ou seja, entre 1,2 bilhão e 2 bilhões de toneladas, nunca são ingeridos. Além disso, nos Estados Unidos e na Europa, metade da comida que é comprada acaba sendo jogada fora.
Tim Fox, diretor de Energia e Meio Ambiente da Institution of Mechanical Engineers, disse que o desperdício é "assombroso". "Isso é comida que poderia ser usada para alimentar a crescente população mundial além de aqueles que atualmente passam fome."
"As razões dessa situação variam das técnicas insatisfatórias de engenharia e agricultura à infraestrutura inadequada de transporte e armazenamento, passando pela exigência feita pelos supermercados de que os produtos sejam visualmente perfeitos e pelas promoções de 'compre um, leve outro grátis', que incentivam os consumidores a levar para casa mais do que precisam", disse.
Água
O relatório alertou que atualmente 550 bilhões de metros cúbicos de água são desperdiçados na produção de alimentos que vão para o lixo. E o problema pode se agravar. Segundo a Institution of Mechanical Engineers, o consumo de água no mundo chegará a até 13 trilhões de metros cúbicos por ano em 2050 por causa do crescimento da demanda para produção de alimentos.
Isso representa até 3,5 vezes o total de água consumido atualmente pela humanidade e desata o temor de mais escassez do recurso no futuro. O alto consumo de carne tem grande influência nesse aumento de demanda, visto que a produção de carne exige mais água do que a produção de alimentos vegetais.
"À medida que água, terra e energia passam a ser mais disputados por causa da demanda da humanidade, os engenheiros têm um papel crucial a desempenhar no sentido de prevenir a perda e o desperdício de alimentos, desenvolvendo formas mais eficientes de produção, transporte e armazenamento", disse Fox.

Fonte: http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/bbc/2013-01-10/metade-da-comida-do-mundo-vai-parar-no-lixo-diz-relatorio.html

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Publicada regra de controle sanitário para entrada de produtos a grandes eventos


BRASÍLIA - A norma engloba alimentos, medicamentos, cosméticos, perfumes, materiais médicos e outros produtos de interesse à saúde humana...


BRASÍLIA  - Resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicada nesta terça-feira (8) no Diário Oficial da União simplifica a entrada de bens e produtos de comitivas e delegações internacionais durante eventos de grande porte realizados no Brasil. A norma engloba alimentos, medicamentos, cosméticos, perfumes, materiais médicos e outros produtos de interesse à saúde humana.
Segundo a Anvisa, os produtos serão dispensados de licença de importação. No entanto, o responsável pela organização do evento precisará apresentar à Coordenação de Vigilância Sanitária de Portos,Aeroportos, Fronteiras e Recintos Alfandegados, com antecedência de 30 dias, um termo de responsabilidade com a relação dos produtos sob vigilância sanitária que serão importados pelas delegações.
A norma é válida para produtos usados exclusivamente pelas delegações e comitivas credenciadas para participar dos eventos. Os produtos liberados deverão retornar ao país de origem até 30 dias após o término do evento.
“Produtos de consumo pessoal ficarão dispensados de controle pela autoridade sanitária. Já as substâncias de uso proscrito no Brasil, caso das drogas e entorpecentes, continuam proibidas de serem importadas”, informou a agência, por meio de comunicado.
Fonte: http://www.dci.com.br/servicos/publicada-regra-de-controle-sanitario-para-entrada-de-produtos-a-grandes-eventos-id326724.html